Mulheres triplicaram presença no mercado do Paraná em 30 anos
quinta, 08 de março de 2018
“O aumento das mulheres no mercado de trabalho não deriva da questão demográfica, já que elas são a maioria da população. Trata-se de uma mudança estrutural, com um número maior de mulheres se tornando chefes de família e com maior nível de instrução”, diz Julio Suzuki, diretor-presidente do Ipardes.
Em 2016, 28% das mulheres no mercado de trabalho no Paraná tinham ensino superior, contra uma média de 14% dos homens. Em média, as mulheres brasileiras com 25 anos ou mais têm 8,2 anos de estudo, contra 7,8 anos dos homens.
O aumento da presença da mulher no mercado de trabalho também reduziu a diferença salarial em relação aos homens no Paraná. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que em 2016 as mulheres ganhavam, em média, 26,5% menos do que os homens. Em 2012, essa diferença era de 32,1%.
Pelo menos três fatores ajudam a explicar essa diferença, de acordo com Suzuki Júnior. “O primeiro é a incidência maior da jornada parcial entre as mulheres, o segundo é que há a preponderância feminina no emprego doméstico, que infelizmente tem baixa remuneração, e em terceiro a existência, ainda, da discriminação, que faz com que em alguns cargos de igual posição e carga horária, os homens ainda ganhem mais”, diz.
Suzuki Júnior lembra também que, por outro lado, os homens têm presença maior em setores como construção civil e indústria, que pagam melhores remunerações. A tendência, de acordo com ele, é que essa diferença diminua cada vez mais nos próximos anos.
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